terça-feira, 15 de novembro de 2011

Onde mora a esperança

         Lá está você em mais um duro dia enfrentando aquele busão lotado a caminho do trabalho, suportando o cheiro de suor que por incrível que pareça já impregna o ônibus nas primeiras horas da manhã. Cheiro que fica disputando com os “Axés” e “Avóns” quem vai te dar uma dor de cabeça para o resto dia. E não dá para esquecer dos funkeiros “sem noção” que, em pleno século 21, ainda não conhecem os fones de ouvido. Se não bastasse isto, de repente entra um garoto pela porta com uma caixa de canetas na mão, e um maço de papéis na outra, pedindo ajuda para alimentar seus irmãos mais novos, que geralmente são 4 ou 5. Alguns destes pedintes chegam a faturar 30 reais por dia ( o que daria 900 reais por mês), mais que alguns professores no interior do país. Segundo o IBGE, em 2009, 60% da população brasileira vivia com um salário mínimo que hoje está em 545 reais, ou 18,16 reais por dia.


             Não vou bancar o advogado do diabo, a situação de muitas pessoas no nosso país é de miséria e a realidade é cruel. Qualquer pessoa que trabalhe e tem uma família para sustentar sabe o quanto é difícil dar o que comer aos filhos, imagine quem não tem trabalho, estudo, casa e muitas vezes nem esperança. O problema é que ninguém gosta de ser enganado e, como sempre, tem quem se aproveite da bondade alheia. Isto cria uma sensação de incerteza e posterior revolta se descobrimos que nosso suado dinheiro( que não foi ganhado num semáforo) financia cigarro, bebida, drogas ilícitas entre outras coisas.
            Eu, por muitas vezes, fiquei na situação entre querer ajudar e me sentir um trouxa pagando bebida para um vagabundo. E pior, depois me sentindo culpado por não ter ajudado. A coisa é mais grave quando se usam crianças. Particularmente, ajudo quando tem crianças envolvidas, principalmente aquelas que não sabem sequer o que está acontecendo. Isto não significa que o dinheiro se converterá em comida para elas, mas prefiro acreditar que sim, de uma forma ou de outra acabará sobrando algo para alimentar aquela alma inocente.
           Não vou ficar aqui falando que a culpa é do governo, embora eu tenha minhas críticas a algumas coisas neste sentido, não é meu objetivo. Tão pouco tenho respostas definitivas de como se poderiam resolver estas questões. Mas sim mostrar que até fazer caridade é complicado. Dar dinheiro é fácil. Dar dinheiro consciente é difícil. Saber avaliar entre várias situações quem realmente necessita e quem está usando de má fé nem sempre é possível e provavelmente erramos várias vezes. E nessa imensa confusão existem aquelas pessoas que realmente precisam de ajuda. Que estão esperando uma única oportunidade para voltarem a ter uma vida decente, com um mínimo de dignidade.
              Algo parecido com o que ocorre no filme "Onde mora a esperança". No filme, John Leguizamo interpreta um ex-boxeador que, ao lado da esposa, é forçado e a se mudar com a família para um abrigo. Durante a véspera de Natal, o protagonista e seu enteado de dez anos iniciam uma jornada em Nova York em busca de um emprego que o qualifique a participar de um projeto para conseguir uma casa. Este filme me deu uma nova visão dessas pessoas menos favorecidas pela vida e me fez refletir que muitas vezes contribuímos para esta realidade com nossa insensibilidade.


                 Vocês podem fazer o download do filme aqui: http://www.megaupload.com/?d=WI6KSI7R
e o download da legenda aqui: http://www.megaupload.com/?d=JDYZZ2N0 . Para assistir vocês podem usar o player de sua preferência(eu uso o BSPlayer) ou gravar em cd/dvd e assistir na TV, caso o dvd player de vocês suporte legendas externas.


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