segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Irreversível

            
        
            Polêmico, perturbador, violento, impopular e... romântico! São alguns dos adjetivos de Irreversível (título original “ Irreversible”, 2002). Dirigido pelo franco-argentino Gaspar Noé. Acredite, você provavelmente não está preparado para este drama francês.
A história trata de uma mulher que foi violentada e seu namorado que busca vingança. Clichê né? Não. Até seria se não fosse o toque magistral de ser contada de trás para frente. E pode parecer um detalhe, mas muda toda a perspectiva da história. Principalmente quando mostra a desconstrução de um personagem, no caso o namorado (interpretado por Vicent Cassel), de uma pessoa violenta e vingativa em alguém romântico e carinhoso. Também levanta questões interessantes de como um ser humano pode se transformar diante das circunstâncias da vida.

A uma certa altura do filme você não sabe quem é o bandido e o mocinho e cada peça vai se encaixando, aos poucos, lentamente e nauseantemente, devo acrescentar. A ambientação e a iluminação criam um cenário sufocante que contagia o telespectador. Você é convidado a mergulhar no submundo da sociedade moderna onde imperam drogas, prostituição e violência. E aqui fica uma alerta aos com estômago fraco: Irreversível tem duas das cenas mais “fortes” em relação a sexo e violência que já assisti. O estupro da protagonista interpretada por Mônica Bellucci é o mais realista e bárbaro que já vi em filmes, e já vi muitos filmes com este tipo de violência. A cena da briga na boate não fica atrás.
Mas não se engane, ao juntar o quebra-cabeça Irreversível se mostra romântico e belo. Uma obra trágica e poética. Uma similaridade moderna, reservada as devidas proporções, as obras de Shakespeare.

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