O que importa?

“Transforme-se na mudança que você quer ver no mundo” (Dalai Lama). Este pensamento é maravilhoso. Mudar o mundo é impossível, mas mudar a si mesmo pode ser difícil, mas é viável. Estive pensando como nós sabotamos o mundo e ajudamos para que ele seja exatamente o oposto do que queremos.

 Reclamamos de um mundo machista, onde o homem consciente ou inconsciente, na maioria das vezes, privilegia a racionalidade ao sentimento e quer ter a palavra final nas decisões. Mas educamos nossos meninos a gostar do azul e recusar o rosa. A serem fortes, não poderem chorar e serem sempre os responsáveis simplesmente porque são “homens”!

Dizemos a estas crianças que persigam seus sonhos, mas quando elas crescem, só aceitamos suas escolhas se forem sonhos rentáveis financeiramente. Ser bem sucedido é ter dinheiro e não virtudes. O que nós temos é mais importante do que nós somos.

Falamos em tolerância, mas desde pequenos aprendemos que apenas nós estamos certos. Como se o bem e o mal, o amor e o ódio, fosse algo muito diferente em cada templo, país ou continente. Nos aproximamos ou nos afastamos das pessoas mais pelo que elas tem a oferecer do que o que temos a oferecer a elas.
Porque somos adultos que se comportam como crianças ingênuas e egocêntricas?